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segunda-feira, 21 de maio de 2012

As amarras da Consciência Coletiva

  Segundo Durkhein a sociedade não representa a soma das consciências individuais, e sim da consciência coletiva. Sendo esta um conjunto cultural de ideias morais e normativas, padrões observáveis de pensamento em qualquer cultura. Sendo assim, os Fatos Sociais também independem da disposição individual do ser ou da psicologia. E isso se aplica também à Instituições ou práticas sociais. Ou seja, estas não existe se não para o ordenamento e manutenção da sociedade. 
  O que nos leva a constatar que o indivíduo é impulsionado à papeis que muitas vezes não condizem com sua vontade e natureza, como forma de manter a funcionalidade do sistema. As próprias escolas nos guiam para moldes socialmente aceitos, para que cresçamos como parte do coletivo, suprimindo posturas individuais. Crescemos com a noção clara do que devemos fazer, como devemos reagir, e como devemos pensar.
  Mas não seria esse um dos maiores problemas da sociedade atual? O excesso de coletivização e padronização de pensamento nos impossibilita de criar filosofias que trariam benefício social. Está claro que o modelo de pensamento atual está nos levando a degradação da saúde do planeta e dos homens. O grande problema é que mesmo aqueles que procuram se libertar dessas amarras e confrontar, mesmo que em pequenas doses, algo de errado na sociedade é suprimido e, o que eu acho ainda pior, desencorajado por aqueles que o cercam. Pode se observar isso em qualquer fase da vida: desde a infância, quando questionamos nossos pais sobre a opinião da "tia", professora, que não concordamos, e temos como resposta não questionar os ensinamentos da mesma. Até quando adultos, quando nos deparamos com um péssimo transporte público, e recebemos conselhos de se conformar e ouvimos frases como "confrontar não vai resolver, se acostume". 

Nicole Gouveia Martins Rodrigues

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