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segunda-feira, 21 de maio de 2012

A Objetividade dos Fatos


No capítulo “Regras relativas à observação dos fatos sociais”, Durkheim enfatiza sua ideia de que a reflexão é anterior à ciência, porém critica o homem que, seguindo à risca tal preceito, passa a ver o mundo a partir daquilo que usa para compreender as coisas, e não vê o que elas realmente são em si, defendendo que os conceitos não podem substituir a essência das coisas. Para Durkheim, esse comportamento não é só intrínseco ao comportamento humano como também tomou conta do desenvolvimento da ciência natural.
Para ele, primeiramente é necessário ir até a coisa e, então, a partir daí, deduzir os conceitos. Para exemplificar, Durkheim afirma que, muitas vezes, aquilo que é tido como ciência não passa de pura arte, pois o cientista não se fixa naquilo que a coisa realmente é, mas sim nos conceitos passados a ele, numa ideia abstrata. Dessa forma, alguns conceitos como o de moral ou de leis econômicas não podem ser chamadas de naturais, mas sim devem ser tratadas como ‘conselhos de sabedoria prática’. Procedendo desta maneira, o cientista poderá chegar finalmente à verdadeira identidade dos fatos, objetivando-os. “O caráter convencional de uma prática ou de uma instituição não deve jamais ser pressuposto.”

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