Estudando o tempo moderno em que
vivemos, podemos verificar que na sociedade moderna a coesão não mais está mais
baseada em algum ideal comum nos conscientes coletivos que as une, mas sim por
necessitarmos de outro ser para o perfeito funcionamento do organismo social.
Essa teoria da ”solidariedade orgânica” que Durkheim analisa em sua obra nos
mostra como a sociedade evoluiu da pré-modernidade para a modernidade, e nos
esclarece como a sociedade atual convive e se mantém unida.
Em seus estudos, Durkheim nos
mostra que com a evolução da sociedade, o modo como esta se mantém unida
modificou, pois antigamente nas sociedades pré-modernas existia certa
homogeneidade em relação a preceitos, e que somente pela união da sociedade que
haveria êxito na esterilização do ser estranho que está prejudicando o perfeito
funcionamento social.
Com o advento da modernidade, os elementos
da sociedade passaram a ser mais individualistas, principalmente graças à
divisão do trabalho que Revolução Industrial trouxe, e assim, não há a união
que existia anteriormente, e o corpo social necessita de outro meio para se
manter unida. Ademais, com a modernidade e a divisão do trabalho as funções de
cada um tornaram-se mais especificas, e essa especificação deixou as pessoas
mais dependentes umas das outras, pois agora o trabalho é realizado por alguém especializado
apenas em um tipo de função, diferentemente de antigamente que o profissional
valorizado era aquele que tinha um conhecimento amplo em vários setores, embora
conhecimento este superficial. Esta dependência que os membros da sociedade
possuem uns com os outros que na modernidade é que faz com que o corpo social mantenha-se
unido.
Analisando o texto de Durkheim,
vemos como os motivos de união da sociedade alteraram-se no decorrer dos tempos,
e que com a modernidade os homens tornaram-se muito mais individualistas e
dependentes uns dos outros, fazendo com que os ideais não sejam o principal
motivo para unir a sociedade, e sim uma simples necessidade individual de sobrevivência.
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