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domingo, 4 de setembro de 2011

“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas, não vim para revogar, vim para cumprir.” (Mateus 5:17-18)

Embora tal citação seja bíblica, o entendimento que ela nos traz não é necessariamente religioso. Podemos traduzi-la como um ensinamento para toda humanidade.

No filme, “Código de Conduta” do diretor Gary Gray, percebemos o contrário à citação ocorrer com a personagem de Gerard Butler. Clyde (Gerard Butler), ao ver a impunidade solidificada e impregnada nos homens da lei, decide fazer valer a justiça por seus próprios atos, mas às vezes essa justiça não se qualifica como a mais correta.

Acordos e subornos constituem a maneira mais fácil de se aplicar o Direito. Todos são favorecidos. Restituir o desviante muitas vezes parece sensato, mas é o correto? E quem sofreu o ato? Fica satisfeito ao ver o delinquente pagar menos do que comenteu? Não. E isso gera o desejo “insano” de tentar justiça com as próprias mãos. O crime gera outro crime... E segue-se, então, uma reação em cadeia. Talvez, como no filme, isso cause desconforto, insegurança, susto... Será preciso então passarmos por isso pra que aprendamos o verdadeiro valor do Direito?

Seguir o ensinamento do Evangelho segundo São Mateus, enfatizo mais uma vez não no caráter religioso, parece ser bem mais fácil. Trabalhar com a honestidade, com o caráter moral e ético, seguindo aquilo que nos propõe a lei é mais seguro e gera contentamento para os justos. A tal matemática da “alguma justiça é melhor do que nenhuma” pode funcionar para aqueles que aplicam-na, mas para aqueles que sofrem com ela é decepcionante e desesperador.

Onde estão a justiça, a distinção do certo e do errado, do bom e do ruim? Perderam-se nas práticas para o bem individual, para o egoísmo. Até que mexam com aqueles que se tem amor. Não enxergamos toda essa podridão que envolve os homens e a justiça até que ela se esbarre em nossa família. Somente quando vemos algo acontecer conosco, damos valor no que é correto. Mas até quando será preciso isso também?

São tantas provações, tantos motivos, tantas injustiças... O que mais será preciso para revertermos essa situação. Será que precisaremos criar novos cálculos para modificar essa matemática do Direito Restitutivo? Será que teremos que viver o lado dos que sofrem para entender que não estamos fazendo o melhor? Até quando?

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