Com base em “A ética protestante e o espírito do capitalismo” de Max Weber, mais especificamente em seu segundo capítulo, é possível identificar a análise feita a respeito da forma com que o capitalismo foi tratado, principalmente quando se desvincula da moralidade católica e alia-se às novas visões da religião cristã.
Ao ganhar a religião como aliada, o capitalismo fortaleceu-se, pois passou a ser vista como meio para se conquistar a “graça divina”. A reforma protestante, portanto, criou terreno para que ocorresse a racionalização da fé, na qual a ideia de acumular capital liga-se à ideia de virtude.
Nasce, principalmente com o calvinismo, a ideia de salvação a partir do trabalho. Uma figura icônica que bem exemplifica o ideal “cultivador” do capitalista protestante é o Tio Patinhas. Típico “poupador”, o desenho influenciou a mentalidade de várias gerações e representa aquele que poupa dinheiro com o objetivo de ter mais.
Essa é uma mentalidade que domina os países anglo-saxônicos mas que não se restringem a eles somente. Historicamente, o modo de produção capitalista é diferenciado pela ideia de racionalização. As racionalizações são caracterizadas como: contábil, na qual há a separação entre empresa e economia doméstica; científica, em que o capitalismo depende das ciências; jurídica, na qual a racionalidade capitalista exerce função motora nas estruturas do direito e da administração; e do homem, em que a pessoa humana é parte do racionalismo econômico tanto quanto a ciência e o direito, por exemplo.
O capitalismo, portanto, a partir da reforma protestante, acabou racionalizando a fé por aliar o sucesso econômico com a busca pela aprovação divina. O “Deus ajuda quem cedo madruga” entrou no cotidiano mundial, e o espírito do capitalismo tomou forma própria, tomando parte não só do imaginário, mas da realidade daquele que quer enriquecer.
Nome: Jackeline Ferreira da Costa - 1º ano Direito Matutino
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