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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Adequando religião ao modo de produção

As Reformas Religiosas do Século XVI, das quais surgiram as linhas protestantes tem suas causas e êxitos pautados em interesses de burgueses (encontrar uma religião que apoiasse o acúmulo de capital, a valorização do trabalho...), nobres (queriam tomar as terras da Igreja Católica), e reais (Igreja submissa ao Estado). A análise sociológica presente em"A ética protestante e o espírito do capitalismo" de Weber nos alerta para o fato de que os homens nem sempre se movem pelos valores da classe social que fazem parte, há elementos dos mais variados que estão impregnados nos indivíduos e que os dispõe a agir de um ou de outro modo além do fator econômico,sendo este apenas uma dessas dimensões, assim como a cultura, a tradição e a religião, porém aquele que combina seus valores às conveniências do modo de produção inserido obtem maior probabilidade de glória.
Ao comparar as sociedades católicas e protestantes sob a égide do capitalismo, Weber conclui que as últimas introduzem-se melhor nessa realidade e deselvolvem-se mais; na medida em que a moral católica condena a prática da usura, afirma que somente através da fé e de boas ações se alcançará a salvação, faz apologia a pobreza, ao sofrimento"dos fracos e oprimidos é o reino dos céus", à culpa "essa é a cruz que eu carrego", nega a vida presente em nome da futura....Enquanto que a moral protestante assegura que a vocação é a providência divina, que é através do trabalho que se atinge a realização pessoal e a salvação, glorificando-se à Deus, sustentando práticas capitalistas...logo a religião agrada e se conforma de acordo com interesses políticos e sociais.



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