Max Weber defende que os homens não se movem necessariamente pelos valores da classe social à qual fazem parte, vários outros fatores são tão importantes para a interpretação da ação social quanto os econômicos. O autor defende que os fenômenos não possuem uma única explicação, por isso a ciência social deve analisar os fatos priorizando os valores do indivíduo em questão.
Toma-se como exemplo a atual situação de vários países islâmicos, quem em virtude da defesa de sua soberania e seus costumes não admitem a entrada de exércitos ocidentais para ajudar a controlar o caos interno despertado principalmente pela revolta da população perante o autoritarismo dos ditadores. Analisando-se pela cultura ocidental, negar ajuda externa em um momento desse parece algo insensato porém deve-se analisar o rigor dos costumes destes países, e a grande repercursão que pessoas com costumes diferentes poderia causar na sociedade e na vigência de tais costumes.
O recente caso de Anders Behring Breivik traz a tona um embate cultural, vinculado a ideias capitalistas como "desenvolvimento" e "progresso". Anders assassinou uma série de pessoas na Noruega e justificou seus atos através de um documento, entre os seus argumentos foi fortemente contra a miscigenação pois conclui,por exemplo, que a “mistura de raças” do Brasil seria um dos fatores que geram a desigualdade social e o subdesenvolvimento do país.
A ação social de Anders ao ser analisada em um país miscigenado como o Brasil causa completa indignação, já ao ser analisadas por neo-nazistas alemães ou em todo o mundo pode condizer totalmente com seus valores.
É essas diferenças que Weber trata, a análise da ação social deve ser feita embasada nos costumes e valores do cidadão que a praticou e não do cientista que a está abordando.
Danielle Tavares, 1º noturno
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