A fé cristã emana durante períodos da história, ilustrando na maioria deles, seu grande valor perante a sociedade. Atualmente esta se encontra bastante difundida, porém seu caráter vem a cada dia se racionalizando em decorrência da enorme mudança da mentalidade humana a partir do sistema capitalista.
A sociedade pré-capitalista se via condenada pela Igreja católica em práticas voltadas para a obtenção do lucro, à cobiça, usura, o luxo. Sendo que esta se via praticando atos como a corrupção do clero, venda de indulgências, entre outros fatores que propiciavam descontentamento perante a população e gerava riqueza a seus membros, contradizendo o que pregavam.
Inúmeras críticas fundamentaram a criação de um novo movimento, a Reforma Protestante. Esta continha teses de moralização da vida, defendendo de forma rigorosa alguns preceitos que são à base da vida cotidiana. A nova religião, o Protestantismo, além de favorecer a nova classe ascendente, burguesia, continha ideais mais adequados ao sistema capitalista.
O trabalho árduo para esse novo modelo de pensamento, promovia a acumulação de bens, que significava não mais um desvio de conduta ou algo imoral e anti-ético, como pregavam os católicos, mas uma virtude, demonstrando a eficiência do trabalhador. Estes então visavam à acumulação, não consumiam totalmente o que era produzido. Esse caráter racionalista se dava de modo universal, assim como dizia Weber, os que não o seguiam, deviam ser excluídos do mercado.
Weber também afirma que é a acumulação que gera o capitalismo, pois esta o antecedeu. Os interesses da burguesia passaram ser atendidos a partir disso, promovendo riquezas e crescimento da mesma. Além da racionalização que começou a se dar em inúmeros âmbitos, como a do próprio homem, e desde então a da fé. Passando assim a fazer parte do cotidiano humano, não só na moral, mas também influenciando a economia, o progresso, estimulando-o e não mais interferindo de maneira negativa.
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