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terça-feira, 28 de junho de 2011

Ponto de Mutação

Capra nos traz uma obra de reflexão sobre as bases da existência e da integração do pensamento humano na busca do progresso equilibrado e sustentado.

Ocorre no filme o dialogo desde o inicio ate o fim entre uma Cientista formada em Física moderna, um poeta e um político. Mostrando no decorrer da trama o ponto de vista de cada um, tratando da concordância e da discordância entre eles. O ponto chave da discussão seria a “viagem no tempo” que os três fazem acerca do conhecimento humano, mostrando a conseqüência da evolução historia e científica.
Na discussão sobre o papel dos mecanismos que regem o mundo, abordam a evolução do pensamento humano, passando por Descartes e chegando aos nossos dias, onde vemos os líderes como condutores, pensando unicamente de forma mecanicista, aplicando a forma mais simples de conduzir: o modelo cartesiano, onde dividimos o todo em partes, para estudando cada uma, procurar entender o todo. Para os políticos este entender seria controlar, induzir.
Nesta vontade de controle da população não levam em conta a possibilidade de sacrifício da vida de uma parcela da humanidade, presos aos modelos econômicos mecanicistas, que independente do custo social, só pensam na validação econômica de suas teorias e negociações. Os sistemas existentes não encorajam a prevenção, só a intervenção e não consideram que só se constrói um modelo de sucesso no presente, se estimularmos o futuro. Chega-se à dedução de que precisamos adotar o modelo de intervenção colocado como feminino, nutriente, construtor, ao contraposto do modelo masculino basicamente dominador.
Para o desenvolvimento de uma condição de perpetuidade para o futuro, devemos aplicar um raciocínio ecológico, em contraponto ao pensamento cartesiano clássico, pensando em um mundo de recursos exauríveis, orgânicos e espirituais, sejam da natureza ou da capacidade de absorver as injustiças sociais.
Nesta forma ecológica de pensar, identificamos as bases como sendo as conexões, tudo se interconecta, formando mesmo com seus vazios e sem condições de definições exatas, a solidez da matéria, do pensamento e da estrutura do universo. O que não vemos, o que não entendemos, necessariamente não pode ser abominado.
Somos todos uma parte da teia inseparável de relações, é nossa responsabilidade perceber as possibilidades do futuro, pois antes de tudo somos os únicos responsáveis por nossas descobertas e os reflexos das mesmas no universo em que estamos inseridos.
Cabe teorizar sobre os sistemas vivos, onde temos o exemplo do homem que mirava uma árvore, mais do que caule, raízes, galhos e folhas, descobriam vida, insetos, oxigênio, nutrientes, alimento, sombra, proteção, energia, uma síntese de integração.
O princípio para esta abertura é ver o todo, e antes de fracioná-lo entender sua conexão. Devemos ver o impacto global de nossa existência individual, nunca esquecendo que vivemos ciclos contínuos, renovação.
Um obstáculo para a expansão este pensamento é a clara e objetiva descoberta da interdependência, do fato de que mesmo sem o controle por parte de nossas ações, que nosso planeta flui em um processo vivo, se adaptando e evoluindo.
O pensamento voltado aos processos e não às estruturas nos dá a ferramenta essencial para poder entender o caminho possível para esta evolução, conseguindo assim delinear a margem entre o pensamento clássico cartesiano e o sistêmico totalmente integrativo, almejando o grande objetivo das sociedades modernas: o desenvolvimento sustentável.

Um comentário:

  1. Parágrafo inicial é o mesmo parágrafo inicial do site “Coladaweb” !!! Isso é alguma brincadeira ou é somente PLÁGIO mesmo?

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