Para o autor, o positivismo seria uma confrontação do novo pensamento em relação àquele anterior, marcado pela teologia e metafísica, mostrando que os problemas reais não poderiam mais serem explicados por Deus. Coloca os problemas reais frente aos quiméricos, além de preconizar o útil frente ao inutil e o certo frente ao incerto. Nesse momento, o movimento operário, em crescimento durante o século XIX, questiona a Igreja pois as explicações divinas passam a ser refutadas.
A proposta positivista possui propriedades fundamentais, tais como o vislumbramento das leis lógicas da sociedade; uma reforma da educação, rompendo assim com o isolamento da ciência; a combinação com várias outras ciências; e filosofia como base para uma reorganização social. A ciência de acordo com o positivismo tenta inaugurar uma ligação com a técnica, para que assim se supere e se evolua as necessidades fisiológicas do homem, porém não se limitaria à um fim prático, mas também para um conhecimento dos fenômenos.
Em outra obra, titulada "O Discurso sobre o Espírito Positivo" e escrita por Comte também, podemos interligar o positivismo à um aspecto social. Essa filosofia se estende também ao proletariado, antes oprimido pelas classes superiores, e agora considerado como receptor dessa nova corrente filosófica por não ter sido "contaminado" pela metafísica e a especulação. Essa classe operária também compreenderia melhor o espírito positivo pela maior contato com a natureza, pelo trabalho com fim determinado que executa e por vislumbrar o objetivo de seu trabalho na sociedade.
Para Comte, o saber positivo afastaria os trabalhadores de ambições materiais e da anarquia, reforçando assim a aceitação do seu papel social. O positivismo também teria importância por ressaltar a necessidade de se olhar para os problemas reais da sociedade, sendo a unica adequada com uma politica popular, prevendo assim a primazia da sociedade sobre o individuo.
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