Texto-base: MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. O MANIFESTO COMUNISTA (1848).
O Manifesto Comunista não é uma obra científica, mas um panfleto político escrito a pedido da liga dos comunistas, em que são explicitadas a visão da história e a perspectiva de análise do capitalismo por parte de Marx e Engels. Alguns de seus argumentos estão ultrapassados, mas alguns podem ser considerados atuais.
Os autores do texto afirmam que apesar de falarem em Direito como mediados da luta de classes não quer dizer que ele atua como um eliminador da luta de classes, mas sim como garantia das conquistas, como elemento de incorporação de novos direitos a uma das partes, sobretudo no que diz respeito à antítese (direito de cidadania, direitos sociais do trabalhador etc.). Ainda seria difícil falar objetivamente em luta de classes, mas é possível falar de contradições. Hoje, pode-se dizer que a luta contra o Estado Capitalista, é muito frágil, pouco atuante.
No texto é afirmado que as insuficiências do modo de produção [condições internas] contribuem para seu desmoronamento. Ademais, com o Capitalismo, a economia deixaria de ter quaisquer grilhões políticos, religiosos, de hábitos e costumes. O modelo aplicado pelo Capitalismo seria o de que: só o mercado é o regulador da Economia (“Laissez-faire, laissez-passer”).
Os autores também pontuam a burguesia como classe revolucionária. Ela tornaria possível a ocorrência de transformações que nunca nenhuma outra classe conseguiu. E que os empreendimentos econômicos feitos por ela mudaram significativamente o cotidiano da sociedade. A burguesia permanentemente “se derreteria no ar”, pois ela possui uma capacidade de criação constante, de empreendimento (ou seja, de criar o improvável) instantâneo, de inovação minuto a minuto.
Por fim, os autores falam das contradições do capitalismo e as perspectivas de sua superação. O capitalismo é o primeiro modo de produção que gera crise de abundância, e não de escassez, uma vez que tal crise é causada pela ampliação sem limites da produção. “Mas a burguesia não só forjou as armas que trazem a morte por si própria, como também criou os homens que irão empunhar estas armas: a classe trabalhadora moderna, o proletariado.” [p.19]
Existiria uma perspectiva de superação do capitalismo [sistema] que parte da classe trabalhadora, que se expande na medida em que cresce a produção capitalista.
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