Total de visualizações de página (desde out/2009)

sábado, 14 de maio de 2011

Dividir por quê?


Das relações interpessoais travadas por nossa espécie, o trabalho é, sem dúvida, uma das mais imprescindíveis. Durkheim chega à mesma conclusão ao alegar que essa atividade é a base para a manutenção da sociedade.Além disso, demonstra uma curiosa visão ao expor a divisão do trabalho como um fator de solidariedade social.

De fato, cada função por nós execida, nesse contexto, pode sim ser vista pela perspectiva organicista do autor: para que o corpo social continue vivo, as classes trabalhadoras - intelectuais ou manuais - são umas idispensáveis às outras.Porém, a ideia do autor de que a finalidade econômica e o interesse pessoal pelo trabalho sejam fatores de baixa importância é falha ao observamos nossa realidade atual.

Diferentemente do que Durkheim espera, não nos submetemos ao trabalho para cumprirmos nossa função de solidariedade social.O individualismo, característica por ele considerada como nociva à ordem da sociedade, tornou-se um aspecto inerente ao ser humano. Dessa forma, buscamos no âmbito profissional, aquilo que nos satisfaça, economica e/ou espiritualmente (embora valha ressaltar que o primeiro quesito tem sido alvo de maior desejo). Além disso, as exigências do mercado de trabalho por nós enfrentadas estimulam uma competitividade que certamente decepcionaria as expectativas do autor.



Nenhum comentário:

Postar um comentário