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quinta-feira, 21 de abril de 2022

Os sentidos, a razão e a verdade

 

        É estranho pensar que, muitas vezes, a mesma experiência pode nos trazer sentimentos tão diferentes. Como isso pode ser explicado através da razão?

    De acordo com René Descartes, grande pensador da filosofia moderna e da matemática, o qual estabeleceu como método de análise o racionalismo, a verdade pode ser alcançada através de métodos universais e absolutos, como a matemática (apesar de parecer, para mim, que a filosofia e a matemática não compartilham tantas coisas em comum). Logo, para ele, os sentidos não podem ser confiáveis Afinal, como, por exemplo, pessoas com pensamentos tão diferentes e contrários podem ser tão convincentes? 

    Segundo Descartes, os sentidos podem trair a razão, e por isso, nunca deve-se aceitar algo como verdadeiro, e sim, duvidar de todo e qualquer método científico. 

Vamos analisar, portanto, um caso citado pelo próprio filósofo. Sonhos podem ser extremamente convincentes, dando a experiência de estarmos vivenciando algo real. Porém, o que pode parecer lógico durante um sonho pode ser impossível na realidade, como cenários que se misturam de repente ou figuras que não tem formas específicas.


    De modo análogo, é necessário apontar que nem tudo que lhe pareça verdade, realmente é. Dessa maneira, é preciso ter cuidado com informações que chegam para você sem fontes ou dados confiáveis, especialmente em uma época onde o acesso à informação é facilitado para aqueles que têm os meios necessários, como a internet e as redes sociais. Assim, notícias falsas são facilmente espalhadas, enganando diversas pessoas a acreditarem em mentiras, ou, pelo menos, meias-verdades. 


Portanto, segundo o pensador, devemos, para chegar à razão (chamada de “verdade científica”), vencer as nossas próprias convicções, pois nossos sentidos podem ser facilmente manipulados.


Giovana Pevarello Parizzi

  1° ano - Direito - Matutino


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