A
Nokia foi a segunda aquisição de maior valor da Microsoft, pelo menos a seu
setor de celulares. Há algum tempo as relações das duas empresas estavam se
estreitando, eram duas empresas que dominavam o mercado, eram vistas como
fontes de inovação, mas foram ultrapassadas e estão correndo atrás das novas “necessidades”
dos novos consumidores.
Marx
aponta essa característica do modo de produção burguês, que é a de criar
necessidades que não eram até então. Os smartphones,
se forem analisar, não representam nenhum meio de sobrevivência, mas estão aí
como um dos produtos mais rentáveis. Um homem do século de Marx já estaria
impressionado com os meios de comunicação novos, que andavam por terra para
levar a informação; hoje as informações correm ambientes que não existem,
ambientes virtuais.
O
modo de vida burguês conseguiu engendrar no mundo inteiro requisitos de
subsistências que coincidissem com a produção, com os produtos; dominou as
classes em nível global. Fez isso na América Latina, na África, na China, no
Japão, na Austrália. Hoje nenhuma parte do globo foge das regras das inovações
impostas como necessárias. O mundo hoje é burguês, e os capitalistas ditam as
regras, até mesmo paara eles.
A
Microsoft e a Nokia tiveram que correr muito para superar os seus atrasos, e
ainda têm que correr muito. Afinal as regras mudaram, e vão mudar. É
impressionante perceber que o que Marx escreveu tempos atrás, ainda persiste
hoje, e isso porque aqueles que acabam ditando as regras não estão interessados
em mudar todas.
João Filippe Rossi Rodrigues- Direito Diurno
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