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quinta-feira, 17 de maio de 2012

adaptação: auto defesa social

   Na continuação de sua obra (regras do método sociológico), Durkheim afasta-se do pensamento de Comte e cria uma concepção baseada na atividade coletiva, que apesar de representar a vontade geral, não é igual ao somatório das vontades individuais daqueles que compõe esse agrupamento.
   A maioria das sociedades existentes hoje apresentam um padrão comportamental diferente daquele que as originou. Em especial, a sociedade ocidental, marcada desde antes da existência do pensamento grego até a colonização da América, sofreu profundas modificações desde a sua origem. Aquilo que era crime hoje é direito. Aquilo que era imoral hoje não é contestado. A Igreja influenciou nesse processo. A ordem estamental da sociedade influenciou nesse processo. Mas com certeza, essa mudança que engloba a nova vontade geral não é o somatório da vontade particular, que se alia ao psicológico do ser humano.
   Essas mudanças que acontecem na sociedade são resultado de uma auto defesa. É o organismo protegendo-se contra uma doença. Aquilo que antes era visto como errado e hoje é visto como certo (exemplo: homossexualismo) passa a representar valores diferentes na vida das pessoas. Caso esse valor não seja adaptado às normas sociais, temos uma sociedade doente. Então surge o contrato social, desvinculado da vontade individual do homem, sendo um mecanismo de defesa, para que a sociedade se recomponha e seja curada. É através dessa ferramenta também que a sociedade se protege de um recém-nascido, uma célula social sem conhecimento e preconceitos, portanto patológica. Engloba essa nova célula ao seu corpo fornecendo-lhe conhecimento e necessidades que ajustam seu modo de pensar àquela sociedade. fazendo com que se adapte ao meio social sem causar danos providos de um pensamento original.

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