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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Desafiando o Status Quo: Uma Análise Marxista na área Jurídica e Palestra do CADir.

tema: Existe lugar para o Marxismo na formação e atuação do jurista?

A palestra dos 30 anos do Centro Acadêmico de Direito (CADir) teve a participação de ex-coordenadores e ativistas. O deputado estadual Guilherme Cortez representa a frente em defesa da UNESP no cenário estadual da política, Laura Taveira é defensora pública, MH Galhani foi uma importante ativista na luta por direitos internos na FCHS da UNESP/Franca e Lê Magalhães é ativista trans. Todos assumiram um papel de luta contra o status quo do Direito que beneficia a classe dominante, dona dos meios de produção e influente no cenário político.

É possível analisar a trajetória dos palestrantes do CADir através de Marx. Ele dizia que a sociedade deveria ser analisada segundo uma Dialética Materialista, em que o indivíduo seria condicionado àquilo que é produzido, chamado de relações de produção.  Segundo essa visão,  o “materialismo” seria a análise social por meio daquilo que é produzido materialmente e como isso gera a divisão em classes e a “Dialética” seria o movimento de contrários (tese e antítese).

As classes seriam divididas em Burguesia e proletariado, em que a burguesia teria a posse dos meios de produção e, graças a isso, faria um Estado burguês que assegura na legislação seus interesses. A partir disso, entra em jogo a Dialética, em que a Tese ( os direitos burgueses vigentes) seriam atacados pela antítese (direitos da classe dominada).

Nessa luta de classes estaria a importante participação do lado da antítese os palestrantes da do Centro Acadêmico, que atuariam lutando para assegurar mais direitos em um sistema que prioriza apenas o interesse de poucos. Dessa forma, visto que todos os palestrantes são graduados em um curso de Direito que viabiliza reflexões sobre o método de Marx, é possível pensar que pode haver lugar na atuação jurista para uma visão mais materialista sobre a sociedade, no sentido de considerar que há uma desigualdade de direitos e ,assim,  no âmbito jurídico assumir, como os ativistas do CADir, uma posição mais crítica e que busque uma equidade.


 

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