Emile Durkheim definiu o conceito de solidariedade, fator que garante coesão social durante certo período, e o dividiu em dois polos opostos. Ambos os conceitos tratam das interações sociais, sendo a solidariedade orgânica as relações pós capitalistas, ou seja, desigual, e a solidariedade mecânica, que era, segundo o sociólogo, o modo de se relacionar das comunidades pré capitalistas. Nesse último prevalecia uma divisão de trabalho menos complexa porém mais igualitária e a tradição e crenças eram as máximas de tal sociedade. O interessante nisso é que, mesmo com a globalização e processos semelhantes, ainda há civilizações que são movidas pelos costumes, por exemplo a comunidade religiosa norte americana dos Amishs. Tal grupo é um exemplo de solidariedade mecânica, visto que fogem totalmente dos padrões americanos consumistas e capitalistas, vivendo dentro de sua bolha extremamente tradicional. Alguns exemplos de costumes antigos que ainda prevalecem é a recusa de se envolver com tecnologia e aparecer em fotos, uso de roupas específicas e etc. Fica para os observadores, que vivem diante da solidariedade orgânica, o questionamento se esse modo de vida é melhor e/ou mais vantajoso. Há estudos que dizem que os Amishs tem um percentual de desenvolvimento de câncer baixíssimo, devido a sua dieta natural e restrita, com tubérculos, carnes e massas de cultivo/produção próprio. Mas por outro lado, a educação é deixada de lado em certo ponto da infância para se dedicarem a atividades manuais, algo que é valorizado devido à tradição. Porém, não há resposta certa ou errada para tal questionamento, já que a concepção de de o que é melhor ou pior vem exclusivamente do individuo. O que é certo é a diferença marcante entre tais modos de socialização.
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