Todos
os seres humanos acreditam ser dotado de bom senso, esse sendo uma lente que
nos faz enxergar o mundo da maneira que queremos, ou da maneira que nos foi
imposta a acreditar. Somos muito falhos
em não questionar, muitas vezes, o que nos é imposto, assim carregamos um
preconceito há muito tempo enraizado na sociedade.
René
Descartes, no século XVII, resolveu pensar de forma diferente, após muitos anos
estudando letras, matemática, viajando para conhecer outros povos, notou que
aprendia o mesmo que já havia sido escrito e pensado por outros filósofos, não ficou
satisfeito, assim passou a estudar a si mesmo. Nesse novo aprendizado criou o
método da dúvida, ele negava toda tradição e religiosidade e suspeitava de todo
conhecimento prévio adquirido, para assim se livrar dos enganos que ofuscam a
razão.
Todavia,
a grande maioria não se aventura em duvidar de suas certezas, como Francis
Bacon coloca em seu método indutivo na obra “Novum Organum” (Verdadeiras indicações
Acerca da Interpretação da Natureza), os homens se colocam dentro de cavernas
que corrompem a luz da natureza, apenas acreditando nos escritos, falas de seus
ídolos (educação, doutrinas, pensamentos na maioria das vezes não comprovados),
e para Bacon esses ídolos representam uma falsa noção do mundo.
Em
pleno século XXI, já deveríamos ter a noção de nos questionar sempre, de sair
de nossas cavernas, deixar a luz da natureza entrar e tirar próprias conclusões
esquecendo toda tradição e religiosidade. Para que dessa forma possamos
construir um mundo melhor ou pelo menos mais tolerante.
Vinícius Campos 1°Ano Direito Diurno
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