É perceptível, em observação a
vigente modernidade, a necessidade de que a busca pela verdade e conhecimento
seja a mais efetiva possível. Ocorre que a sociedade, na maioria das vezes,
embasa-se em fatos para a análise do próprio entorno que acabam não sendo adequados
as situações aos quais são inseridos. Logo, tem-se à tona que o que faz com que
a percepção da sociedade, quando relacionadas a fatos de considerável complexidade,
seja errônea é o senso comum. A tais casos de deveras complexidade podem ser
citados desde de o aborto, até a influência que uma ideologia religiosa pode
influenciar nos modos de vida de uma pessoa.
Para auxilio de tal compreensão a
respeito de como a sociedade compreende o seu entorno quando influenciada pelo
senso comum, útil se fazem os ideais tanto de René Descartes quanto de Francis
Bacon. Ambos são motivados a quebra de tal senso devido a vontade de fazer ciência,
que para eles é algo transcendental ofuscando ideias passadas por gerações que
são explicadas através de concepções mitológicas. Desse modo, ocorre que até
mesmo a concepção criadora universalista de Deus acaba se desconstruindo aos
poucos.
René Descartes, em sua obra, afirma
que para compreender as coisas efetivamente precisou, antes, nega-las em suas
concepções influenciadas pelo senso comum. Tem a dúvida como princípio fundante
do conhecimento tendo ainda atrelado a isso, a negação, pois, ao se duvidar
cria-se uma nova perspectiva de mundo.
Já Francis Bacon acaba por
criticar Descartes e sua concepção racional das coisas no que tange o fato de
que a razão, para o próprio Bacon, não deveria se guiar. Além disso, ressalta
que a deve estar além de um mero exercício para a mente, afinal, não cabe a todos
pensar e refletir. Indagando assim a necessidade de tantos membros pensantes em
um composto social. Contudo, é necessário haver quem também faça coisas. Entretanto, ainda no que se diz ao senso comum, Bacon afirma a existência dos ídolos,
que influenciam equivocadamente as sociedades. Formam-se a partir de
sentimentos (tribo), pelo meio em que o homem se encontra (caverna), pela influência
que sofrem do externo (feira), e por superstições (teatro).
Em suma, para Descartes e Bacon,
o homem dever-se-á buscar a ciência de forma a atingir o bem. Ademais, para
isso é preciso que o homem se afaste de tais ídolos e assim busque quebrar o
ideal do senso comum e atingir, de forma mais pura, a ciência. Logo, é necessário a construção de um mundo melhor formado pela ciência
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