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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Senso Comum Como Algoz da Sociedade

É perceptível, em observação a vigente modernidade, a necessidade de que a busca pela verdade e conhecimento seja a mais efetiva possível. Ocorre que a sociedade, na maioria das vezes, embasa-se em fatos para a análise do próprio entorno que acabam não sendo adequados as situações aos quais são inseridos. Logo, tem-se à tona que o que faz com que a percepção da sociedade, quando relacionadas a fatos de considerável complexidade, seja errônea é o senso comum. A tais casos de deveras complexidade podem ser citados desde de o aborto, até a influência que uma ideologia religiosa pode influenciar nos modos de vida de uma pessoa.
Para auxilio de tal compreensão a respeito de como a sociedade compreende o seu entorno quando influenciada pelo senso comum, útil se fazem os ideais tanto de René Descartes quanto de Francis Bacon. Ambos são motivados a quebra de tal senso devido a vontade de fazer ciência, que para eles é algo transcendental ofuscando ideias passadas por gerações que são explicadas através de concepções mitológicas. Desse modo, ocorre que até mesmo a concepção criadora universalista de Deus acaba se desconstruindo aos poucos.
René Descartes, em sua obra, afirma que para compreender as coisas efetivamente precisou, antes, nega-las em suas concepções influenciadas pelo senso comum. Tem a dúvida como princípio fundante do conhecimento tendo ainda atrelado a isso, a negação, pois, ao se duvidar cria-se uma nova perspectiva de mundo. 
Já Francis Bacon acaba por criticar Descartes e sua concepção racional das coisas no que tange o fato de que a razão, para o próprio Bacon, não deveria se guiar. Além disso, ressalta que a deve estar além de um mero exercício para a mente, afinal, não cabe a todos pensar e refletir. Indagando assim a necessidade de tantos membros pensantes em um composto social. Contudo, é necessário haver quem também faça coisas. Entretanto, ainda no que se diz ao senso comum, Bacon afirma a existência dos ídolos, que influenciam equivocadamente as sociedades. Formam-se a partir de sentimentos (tribo), pelo meio em que o homem se encontra (caverna), pela influência que sofrem do externo (feira), e por superstições (teatro).

Em suma, para Descartes e Bacon, o homem dever-se-á buscar a ciência de forma a atingir o bem. Ademais, para isso é preciso que o homem se afaste de tais ídolos e assim busque quebrar o ideal do senso comum e atingir, de forma mais pura, a ciência. Logo, é necessário a construção de um mundo melhor formado pela ciência 

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