No filme " O Ponto de Mutação" pode-se perceber que o autor tenta mostrar a seu público uma nova forma de entender o mundo, dessa forma, ele traz críticas a pensamentos que foram o pilar de sustentação dos ideias humanos por um longo tempo, como é o caso do filósofo Rene Descartes, que trouxe um pensamento cartesiano aos homens.
Com esse modo de pensar Descartes propunha que o homem dividisse em partes seu objeto de estudo, como se suas partes fossem desconectadas, como uma máquina que cada peça pode ser tirada se uma delas estiver com um problema, assim, trata-se apenas o problema isoladamente, sem olhar para o todo, pois para ele era a melhor forma de se chegar a um fim, a uma resposta.
Todavia tal pensamente acabou influenciando grande parte dos homens que passaram a tratar o mundo como uma grande máquina, e como se cada país, continente, nação fossem partes que podem ser tratadas isoladamente quando tiverem problemas, porém, segundo Sonia Hoffman, uma das personagens do filme, tal forma de pensar faz com que os homens não consigam realmente chegar a uma conclusão dos problemas do mundo, pois como veem cada parte individualmente acabam por ignorar o efeito que cada parte causa nas outras, o que faz com que as soluções até então encontradas não surtam real efeito.
E tal reflexão se faz necessária nos dias atuais, pois vemos um mundo cada vez mais problemático, mas ao mesmo tempo que os problemas crescem a individualidade também cresce, e assim passamos a olhar apenas pra o nosso mundo particular, para os nossos problemas e nos esquecemos que somos parte de um sistemas que está interligado, e se uma das partes está doente todas as outras ficam prejudicadas. Talvez, se refletíssemos mais sobre tal indagação teríamos mais soluções do que problemas, talvez a situação política do Brasil estivesse melhor, talvez o meio ambiente não estivesse tão desgastado, e talvez houvesse mais respeito entre as pessoas. Dessa forma o filme nós faz pensar sobre a forma que estamos lidando com o mundo que temos, e nos mostra que a individualidade não é a resposta para os problemas, mas que a coletividade pode ser o início da solução
Pietra Bavaresco - 1º ano Direito diurno
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