A obra “O Ponto de Mutação” é uma meticulosa crítica
da percepção vigente na atualidade, feita através da sétima arte consegue em
seus mínimos detalhes ter um salto do pensamento individual para o coletivo, ou
até mesmo nas palavras da personagem
Sonia Hoffman “ um Sistema vivo”. Até a escolha das personagens gera um ótimo meio
para o dialogo aberto que acontece no filme. Thomas Harriman o poeta com
problemas familiares, sempre explicando e convencendo seu amigo Jack a ser suscetível
ao novos pensamentos, Jack Edwards candidato frustrado a presidência que possui
ligação direta com a politica e que a cada teoria busca um meio de levar a pratica e Sonia Hoffman a ex-física, ex-cidadã
americana, ex-eleitora e atual cientista que após ver sua pesquisa usada para
fins militares coloca-se em uma torre de marfim e gera um novo ponto de vista
sobre a sociedade.
Mesmo
o filme sendo uma obra do ano de 1990 é
mais que atual em nossa sociedade, inclusive um argumento que usa para criticar
o modo de percepção cartesiano é que o contexto que a sociedade está inserida
hoje é tão destoante com a sociedade que Descartes vivia que já não se pode
usar seu ponto de vista para resolver problemas. Em escala ascendente critica a
percepção construída por Descartes , pois o que a sociedade necessita hoje é um
conhecimento total , para transformar nossa sociedade em uma sociedade sustentável
em oposição de Descartes e Bacon que fragmentam o conhecimento para transformar
a sociedade em algo que domina a Natureza sem levar em conta que ela está
inserida nesta.
Mas
o conhecimento máximo que transparece no filme é o de transformação do
conhecimento, o do dialogo aberto, de livre pensamento que se praticado pela
sociedade levaria a respostas e transformações validas à sociedade. E é o que
aconselha a todos pois se fixado a uma
ideologia o conhecimento fica ultrapassado, como Bacon que através do saber
quis dominar, usando seu próprio método de reflexão e experiência no contexto
atual leva à vida em sociedade sem dominância e sim com harmonia. E que é inevitável
para a evolução social fazer isso repetidamente no futuro.
Lucas André Silva, 1º ano de Direito(Noturno)
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