O
filme “o ponto de mutação”, 1990, adaptação da obra literária de mesmo nome, de
Fritijof Capra, aborda questões filosóficas muito atuais e traz reflexões
profundas sobre o pensamento do homem em diversos momentos, a prisão às
informações antigas sem perceber que os tempos mudaram. O próprio título sugere
um momento histórico, de mudança, novidades, afastamento dos conceitos velhos estabelecidos.
No
filme é abordado o pensamento mecanicista de René Descartes e Francis Bacon,
que diz que o mundo é semelhante a um relógio e a natureza igual uma máquina, e
para compreende-lo bastava desmontar suas peças e analisa-las. É abordado também
o pensamento holístico, onde é investigado cada parte para se chegar ao
entendimento do todo, dando ênfase às interações entre cada parte.
Há uma crise abordada no filme, pois, os problemas são ligados
uns com os outros e o pensamento mecanicista trata cada problema como isolado,
gerando uma falta de respostas para os problemas apresentados na sociedade
moderna. Fica evidenciado que a verdadeira crise é a de ideias, na qual a ciência
é tratada como específica, cada uma em sua função e não como um todo.
Por fim, considero um filme de grande valor àqueles que
buscam novas formas de perceber e relacionar-se com a vida em toda a sua
diversidade, pois é proposto uma nova visão de mundo, pensamento e entendimento
da vida.
Carlos Roberto S. Nogueira,
1o ano Direito, Noturno
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