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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A máquina é o lobo do homem

     “Cérebro”, “mãos”, “parafuso”: eis as marcas do processo de divórcio entre o homem e seu instrumento de trabalho que se intensificaram com a evolução do sistema capitalista.
     Cérebro. Nos primeiros processos de produção eram os próprios trabalhadores que criavam e desenvolviam artesanalmente o produto final, sendo assim o ápice da união entre o homem e sua criação. Mãos. Na manufatura o trabalhador era caracterizado apenas como um tipo de força motriz, sendo comparado assim à tração animal, ao vento e até mesmo à água, não participando do processo criativo do produto.
    Parafuso. Na maquinofatura a força humana já não importa mais, tampouco sua capacidade criativa. Esse é o ponto máximo de coisificação do homem e divórcio com seu instrumento de trabalho. Nessa etapa o cérebro deixou de ter importância, aliás, muitas vezes este nem sabia o que estava sempre produzido, demonstrando assim a completa submissão do homem pela máquina.
   O pensamento egocêntrico do capitalista burguês transformou proletários, parafusos e engrenagens em cifras se multiplicando a todo vapor, sendo esta busca incessante pelo lucro severamente criticada por Karl Marx em sua obra “O Capital”. A mais valia é primordial nessa etapa, passando por cima de qualquer obstáculo, suprimindo até mesmo as necessidades humanas para transformar os trabalhadores em peças para as máquinas, como salientava Marx. A luta pelo lucro de uns desencadeou na luta pela sobrevivência de outros. A máquina tornou-se o lobo do homem.




Tema: Divórcio entre o homem e seu instrumento de trabalho.
Integrantes: Ana Carolina Alberganti Zanquetta, Camila Gabriele Pereira de Faria, Daniela Nogueira Corbi, Elisa Kimie Miyashiro e Giovanna Gomes de Paula.






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