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sábado, 11 de agosto de 2012

Oi oi oi

Atualmente parece que o que é popular está em alta. Pelo menos têm ganhado mais espaço na mídia e mais aceitação. Não que seja a melhor forma de dar atenção aos problemas que envolvem as camadas mais baixas da sociedade, nem de longe estamos perto de resolvê-los. Mas existe bastante "circo", apesar de nem tanto "pão".

A eterna disputa entre as classes aparenta pender para o lado do povo, apesar de continuar sustentando as diferenças gritantes que mantém a divisão entre ricos e pobres. Permitir que a moda, as músicas e o jeito de falar dos mais humildes ascendam ao cotidiano das classes em geral, os agrada e distrai. Assistir à novela e ouvir "A dança do Kuduro" na abertura parece traduzir bem esta ideia.

É uma estratégia interessante tentar mantê- los conformados com sua posição desvantajosa, enquanto as coisas não mudam. Mas não imagino que esta ilusão seja duradoura o suficiente pra impedir progressos. As greves provam que nem todos estão desacordados perante essa realidade ilusória. E também provam a importância de trabalhos desvalorizados.

Não será possível evitar uma revolta enquanto certos paradigmas permanecerem inalterados. As antíteses sociais sugerem que há algo muito errado acontecendo. Mudar será apenas uma questão de oportunidade.

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