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sábado, 11 de agosto de 2012

Duc in altum


Pensar que é possível viver a margem do sistema capitalista nos dias atuais é uma grande utopia fadada há muito ao fracasso. O comunismo não é hoje mais que um sonho, uma bela ideia que dificilmente romperá as estruturas e os paradigmas impostos ao mundo moderno.  Seja por se adaptar melhor à natureza humana ou pelo simples fato de se alastrar durante séculos e impregnar o espírito humano com suas ideias, o fato é que o capitalismo está impregnado em todas as estruturas que fazem o mundo “funcionar”.
De fato, o Manifesto Comunista, principal pilar do comunismo, defende que para o seu sucesso é necessário que haja por um lado um grupo dominante e por outro um dominado para que a insatisfação desse último gere uma luta de classes que convirja em uma nova ordem. Porém o que observamos nos dias atuais é a busca por certa hegemonia, que diferentemente da proposta pelo comunismo, baseia-se na superficialidade, escondendo sutilmente as injustiças que são muito mais profundas.
Desse modo vemos hoje que a população de baixa renda vem superando um estágio de desigualdade nos bens, convertendo-se em consumidora ativa. Contudo, as diferenças culturais, de acesso à educação, saúde, entre outros fazem com que as diferenças permaneçam por gerações. Mas a sensação de satisfação e de possuir um certo acesso ao que as classes mais abastadas possuem fazem com que a antítese não tenha forças para lutar por seus ideias. Ela é de certa forma absorvida pela massa.
O que falta a sociedade, é perceber que as mudanças precisam atingir as essências e as raízes dos problemas  para que haja uma verdadeira mudança na sociedade, respaldada nos valores e direitos de todos os seres humanos a pesar das diferenças que assolam a sociedade. 

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