Pensar que é
possível viver a margem do sistema capitalista nos dias atuais é uma grande
utopia fadada há muito ao fracasso. O comunismo não é hoje mais que um sonho,
uma bela ideia que dificilmente romperá as estruturas e os paradigmas impostos
ao mundo moderno. Seja por se adaptar
melhor à natureza humana ou pelo simples fato de se alastrar durante séculos e
impregnar o espírito humano com suas ideias, o fato é que o capitalismo está
impregnado em todas as estruturas que fazem o mundo “funcionar”.
De fato, o
Manifesto Comunista, principal pilar do comunismo, defende que para o seu
sucesso é necessário que haja por um lado um grupo dominante e por outro um
dominado para que a insatisfação desse último gere uma luta de classes que convirja
em uma nova ordem. Porém o que observamos nos dias atuais é a busca por certa
hegemonia, que diferentemente da proposta pelo comunismo, baseia-se na
superficialidade, escondendo sutilmente as injustiças que são muito mais
profundas.
Desse modo
vemos hoje que a população de baixa renda vem superando um estágio de
desigualdade nos bens, convertendo-se em consumidora ativa. Contudo, as
diferenças culturais, de acesso à educação, saúde, entre outros fazem com que as
diferenças permaneçam por gerações. Mas a sensação de satisfação e de possuir
um certo acesso ao que as classes mais abastadas possuem fazem com que a
antítese não tenha forças para lutar por seus ideias. Ela é de certa forma
absorvida pela massa.
O que falta a
sociedade, é perceber que as mudanças precisam atingir as essências e as raízes
dos problemas para que haja uma
verdadeira mudança na sociedade, respaldada nos valores e direitos de todos os
seres humanos a pesar das diferenças que assolam a sociedade.
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