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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Weber e o realismo

Ao ler Marx e Weber, ao final das duas leituras, fico imaginando quem está mais próximo da verdade cartesiana: a história da humanidade é marcada pelos conflitos de classes ou pela ação social?
Ambos dão ótimos motivos para crer em suas respectivas opiniões no entanto, Weber, ao especificar as várias formas de ação social, ele engloba um rol muito maior de atividades humanas que são mais coniventes para explicar e justificar como o mundo atual chegou onde está e até mesmo, tais especificações, podem ser aplicadas na vida pessoal, já que também são de ações nossas ou de outrem que se forma a nossa história.
Considerei a obra de Weber um tanto quanto mais realista que as demais, até mesmo por ser mais abrangente, tanto nas já comentadas ações sociais quanto na definição do ''tipo ideal''. As afirmativas contidas na obra não são somente aplicadas em um setor do estudo sociológico tampouco constituem afirmações puramente filosóficas, como por exemplo, a discussão se existe ou não o "mundo das ideias".
Hoje, parece-me que o "tipo ideal" weberiano tornou-se o nosso estereótipo. Criamos uma imagem de como alguém de determinada classe social, profissão, grupo religioso ou nacionalidade deve ser e adotamos tal imagem como algo fixo para todas as pessoas daquela organização, quando surgem as saliências nesse modelo, chamamos de "exceções", quando na realidade, Weber já dizia que os tipos ideais constituem modelos utópicos pois nada é exatamente na prática se comparado à forma que é descrito na teoria. O estereótipo torna-se um conceito vazio já que de todos os elementos que poderiam compor esse conjunto, todos possuem exceções, portanto não podem compor esse grupo que exigem características rigidamente estabelecidas.

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