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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Bacon, a experimentação e a ciência moderna

Postagem sobre o texto 2: Novum Organum de Francis Bacon

Francis Bacon, em uma das suas principais obras Novum Organum, critica a forma de produzir conhecimento, a filosofia anterior (principalmente a escolástica) considerando-a estéril por não apresentar nenhum resultado prático para a vida do homem. A ciência antiga, de origem aristotélica, é pelo mesmo motivo criticada. O autor afirma que os gregos tem a sabedoria em palavras, entretanto lhe faltam ações práticas, eles não desenvolveram nem um experimento que afetassem a condição humana, e por isso estagnaram-se na evolução.
Ele propõe então uma nova maneira de estudar os fenômenos naturais. Para Bacon, a descoberta de fatos verdadeiros não depende do raciocínio silogístico aristotélico mas sim da observação e da experimentação. A filosofia verdadeira é também algo prático. Saber é poder. E a mentalidade científica somente será alcançada através do expurgo de uma série de preconceitos por Bacon chamados ídolos.
- ídolos da caverna: do próprio indivíduo, educação, livros.
- ídolos do foro: relações sociais, uso da palavra como instrumento de conexão
- ídolos do teatro: imigram para o nosso espírito pelas doutrinas e reagras viciosas de demonstração
- ídolos da tribo: próprios da naturza humana e da falsa asserção de que os sentidos dos homens são medidas das coisas.
A partir deles, também é possível apontar outro argumento de Bacon: de que a falácia dos sentidos é o maior obstáculo ao avanço da Ciência. Havendo a necessidade de se buscar a observação do que é invisível aos olhos, imperceptível aos sentidos. Que é o que acontece hoje, com o uso por exemplo de microscópios, que descobriram e comprovaram a existência da célula, do DNA, das células-tronco... Com isso é possível entender, por que Bacon é considerado o fundador da ciência moderna.

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