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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Experimentalismo baconiano.

Postagem atrasada referente ao texto: "Novum Organum", Francis Bacon.

Francis Bacon foi um político, filósofo e ensaísta inglês cujo legado é de suma importância, uma vez que é considerado um fundador da ciência moderna.
Em sua obra Bacon sugere um novo método científico, um método que regularia a mente por mecanismos da experiência. Criticava a Escolástica e as ciencias anteriores por não terem resuldados práticos. Defendia que o saber deve servir ao bem-estar do homem, deve proporcianá-lo meios de antecipar o acaso e deve, acima de tudo, ser visto como poder.
A mente humana não deve, pois, ser guiada por si mesma, correndo sério risco de ser levada a pensamentos fantasiosos e antecipações da verdade. Para isso é necessário que o conhecimento seja baseado em experiências sensíveis, que não descartam, porém, a importância e o papel do pensar: “Nem a mão nua nem o intelecto, deixados a si mesmos,  logram muito... dependem em igual medida... ’'. Considera essencial para alcançar verdadeiro conhecimento o combate aos chamados “ídolos da mente”.
Esses são as falsas percepções do mundo que bloqueiam a mente humana, e, segundo o raciocínio baconiano, são de 4 tipos. Os ídolos da tribo seriam a interferência das paixões e a incorporação dos sentimentos; os ídolos da caverna vinculam-se às relações estabelecidas pelo homem com o mundo a sua volta, como a educação e as leituras que esse pratica; os ídolos do foro são as relações sociais e pessoais; e, por fim, os ídolos do teatro que vinculam-se aos sistemas filosóficos, à astrologia e à magia.
Grande avanço houve em relação aos ídolos da tribo referentes à incompetência do sentido, a medida que desenvolveu-se tecnologias que permitem a observação do que é invisível aos olhos ou imperceptível aos sentidos. Um exemplo disso é a descoberta das células tronco que podem se transformar em qualquer tipo de tecido. Assim o homem, com a medicina, vence a natureza.
Mas, esses ídolos não são fáceis de serem destruídos. Ainda hoje, temos fáceis exemplos onde esses ídolos são ressaltados. A interpretação de alguns sobre o homossexualismo, é hoje, um exemplo da influencia dos ídolos da caverna, uma vez que alguns julgam o assunto de forma preconceituosa, tendo em vista a escassez de iluminação de suas cavernas.

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