No século XIX, surge uma corrente filosófica denominada “Positivismo”, característica do pensamento de Augusto Comte; essa corrente impõe a valorização do saber científico para o encontro ao puro conhecimento. Nesse sentido, o positivismo seria responsável por explicar coisas práticas, como as leis da física. Ademais, Augusto Comte determina que a sociedade é regida por um fluxo contínuo e natural, como as ciências da natureza.
Em uma primeira análise, destaca-se a problemática de
reduzir a sociedade como um fluxo “natural”, uma vez que essa caracterização
invisibiliza diversos acontecimentos emblemáticos e “não naturais” que já
ocorreram no corpo social. Sob essa perspectiva, destaca-se a “naturalização”
de atitudes machistas, homofóbicas, transfóbicas, entre outras, uma vez que o
positivismo determina a importância dos costumes e ciclos “naturais”. Logo, a
visão do homem como superior, a relação entre o homem e a mulher e a questão de
gênero acabam sendo tidas como possibilidades únicas, segundo uma “tradição”,
acarretando diversos preconceitos com pautas em luta na contemporaneidade.
Outro aspecto da existência do positivismo é a valorização
da objetividade e da racionalidade. Em um mundo cada vez mais complexo e
dinâmico, informações precisas e confiáveis são fundamentais para a tomada de
decisões importantes. Nesse sentido, a ciência e a tecnologia são ferramentas
fundamentais que nos ajudam a entender e responder aos desafios do mundo
contemporâneo. No entanto, é importante ressaltar que o positivismo também tem
suas limitações. Em alguns casos, uma busca obsessiva pela objetividade pode
acabar por ignorar os elementos subjetivos e emocionais que são igualmente
importantes para a compreensão da realidade. Além disso, o excesso de confiança
na ciência pode levar a uma visão simplificada e simplista da complexidade do
mundo.
Depreende-se, portanto, que se deve buscar um equilíbrio
entre o conhecimento científico e outras formas de compreensão da realidade,
como a experiência subjetiva e as tradições culturais. Afinal, só assim
poderemos construir um mundo mais justo, equilibrado e humano.
Maria Clara Cabrera Gementi - 1° Ano Direito Noturno. RA: 231220481
Nenhum comentário:
Postar um comentário