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segunda-feira, 25 de maio de 2015

O positivismo comteano no mundo contemporâneo

Auguste Comte (1798-1857), foi um importante pensador francês cuja filosofia deixou um legado incontestável para a modernidade. Considerado o pai da sociologia, Comte é o fundador do positivismo, corrente filosófica que alega que o conhecimento científico é a única forma verdadeira de conhecimento, ou seja, admite-se o método científico como único meio para alcançar a verdade, desconsiderando os princípios da teologia e da metafísica, uma vez que não possuem fundamentação científica.
Em sua obra “Curso de Filosofia Positiva”, Comte expõe a chamada Lei dos três estados, segundo a qual o conhecimento humano passa ordenadamente pelos estados teológico, metafísico e positivo, sendo os dois primeiros necessários para a edificação do espírito humano e o último o ponto mais alto da nossa evolução, já que, segundo a filosofia positivista, nesse estágio o conhecimento se encontra concretizado através de métodos científicos.
Com isso, vê-se que o positivismo estabelece uma reestruturação integral do pensamento humano na modernidade, propondo que a ordem deve ser mantida dentro da sociedade para que se alcance o progresso de fato, servindo de alicerce para a reorganização social. O positivismo, então, preconizando regras fixas do comportamento humano, acaba por tornar a estrutura social completamente mecânica, reiterando a necessidade de se preservar a ordem, sendo contrário a qualquer manifestação que contrarie a estrutura vigente.
Portanto, é notório que o pensamento positivista comteano ainda encontra-se presente no mundo contemporâneo, estando ele estampado na bandeira do Brasil com os dizeres “Ordem e Progresso”. Contudo, ao priorizar a estática em relação a dinâmica social, tal pensamento torna-se opressor diante da real evolução e das diferentes formas de organização e de eventos sociais, assumindo uma postura favorável à exclusão social.

Luís Felipe Oliveira Haddad
1º ano - Direito noturno

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