A máxima política
positivista estampa a bandeira nacional. O verde, o amarelo, o azul e o branco tremulam
com os ventos nas mais diversas regiões do país, fazendo as duas expressões
presentes a todo canto e recanto. Ordem e Progresso. Seja em uma partida
oficial da Copa do Mundo, seja na comemoração escolar de uma data cívica
importante: o brasileiro é confrontado com tais ideais a todo instante.
Enraizada seria tal ideologia no cotidiano deste povo?
Em
uma sociedade que apresenta o Congresso mais conservador dos últimos tempos,
facilmente a resposta seria sim – sem maior aprofundamento na análise e tendo
em consideração os dados mais substanciais. Ainda na mesma, em que há a
represália a todos aqueles que desviam do percurso da tão fantasiada
normalidade, do caminho da manutenção das instituições mais prezadas por uma
grande parcela populacional, a resposta continuaria sim. Onde qualquer
distúrbio social possui maior relevância que uma pequenina melhoria na condição
de vida de um carente, sim. Onde o choque de ordens faz-se notório sob uma
perspectiva recorrente, ainda, sim.
Sim. Sim. Sim.
Eis um considerável – e
alarmante – porém: se existem aqueles que estufam o peito para defender seu
pensamento com orgulho, há também a fração que se sente censurada a expor sua
posição. Ser positivista não está em voga. A condição considerada fundamental
na busca pelo progresso, a ordem, encontra-se, então, tanto explícita quanto
velada em terras brasileiras. O senso é passado de geração em geração, criando
novos adeptos da segmentação pública entre “lixo social” e “berço social”; e o
futuro que aguarda o povo do verde e amarelo, distancia-se mais e mais dos tão
pretendidos dizeres.
Isabelle Elias Franco de Almeida
1˚ ano – Direito (noturno)
Introdução a Sociologia – aula 4
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