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segunda-feira, 21 de abril de 2014


Ordem e progresso? 

Momentos de instabilidade são, quase sempre, oportunidades para o surgimento de pensadores e novas correntes que visam compreender a situação e propor um meio de solucioná-la. Assim aconteceu com Auguste Comte, que viveu na primeira metade do século XIX, assistiu com aversão a retomada dos Bourbon ao poder e acreditava que a Revolução de 1789 deveria ser concluída por meio da industrialização, que levaria a França à modernização social.
           Mas para tanto, seria necessário algo revolucionário e, assim, obcecado em produzir nas Ciências Humanas os mesmo resultados e eficiência que os métodos científicos geraram nas Ciências Exatas e Biológicas, desenvolveu o positivismo. Marcado pela ideia que “Há leis tão determinadas para o desenvolvimento da espécie humana como para a queda de uma pedra”, criou a Física Social, que relacionando e utilizando os métodos das ciências naturais, estudar os fenômenos sociais.
           Além disso, o idealizador da máxima, quase matemática, “ordem e progresso” procurou classificar a evolução da espécie humana em estágios: o primeiro seria o teológico, influenciado por valores espirituais; o segundo, o metafísico, no qual se abandonaria parcialmente os dogmas, sendo, portanto, um momento de transição; e por fim, o terceiro, o positivo, estágio civilizacional, de dominação de tecnologias e maior conforto material.
          Assim, parece que o século XXI encontra-se nesse estágio, pois nunca se viu uma sociedade tão industrializada e cheia de aparatos tecnológicos. Contudo pessoas ainda morrem de fome e de virose enquanto outras moram em barracos de papelão. Dessa forma, é questionável o “progresso” ao qual a ordem do positivismo conduziu a humanidade.


Letícia Raquel de Lava Granjeia – 1º ano – Direito Noturno

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