Ordem e progresso?
Momentos
de instabilidade são, quase sempre, oportunidades para o surgimento de
pensadores e novas correntes que visam compreender a situação e propor um meio
de solucioná-la. Assim aconteceu com Auguste Comte, que viveu na primeira
metade do século XIX, assistiu com aversão a retomada dos Bourbon ao poder e
acreditava que a Revolução de 1789 deveria ser concluída por meio da
industrialização, que levaria a França à modernização social.
Mas para tanto, seria necessário
algo revolucionário e, assim, obcecado em produzir nas Ciências Humanas os
mesmo resultados e eficiência que os métodos científicos geraram nas Ciências
Exatas e Biológicas, desenvolveu o positivismo. Marcado pela ideia que “Há leis
tão determinadas para o desenvolvimento da espécie humana como para a queda de
uma pedra”, criou a Física Social, que relacionando e utilizando os métodos das
ciências naturais, estudar os fenômenos sociais.
Além disso, o idealizador da máxima,
quase matemática, “ordem e progresso” procurou classificar a evolução da
espécie humana em estágios: o primeiro seria o teológico, influenciado por
valores espirituais; o segundo, o metafísico, no qual se abandonaria
parcialmente os dogmas, sendo, portanto, um momento de transição; e por fim, o
terceiro, o positivo, estágio civilizacional, de dominação de tecnologias e
maior conforto material.
Assim, parece que o século XXI
encontra-se nesse estágio, pois nunca se viu uma sociedade tão industrializada
e cheia de aparatos tecnológicos. Contudo pessoas ainda morrem de fome e de
virose enquanto outras moram em barracos de papelão. Dessa forma, é questionável
o “progresso” ao qual a ordem do positivismo conduziu a humanidade.
Letícia Raquel de Lava Granjeia – 1º ano –
Direito Noturno
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