Em um
contexto histórico de afirmação do capitalismo com a Revolução Industrial, a
filosofia de Augusto Comte deixou heranças inegáveis para o mundo moderno.
Houve intensa valorização do ser humano e sendo assim, um dos fundamentos do
positivismo é admitir como único caminho para se alcançar a verdade, o Método
Científico. Sendo assim, Comte despreza os ensinamentos da Metafísica e da
Teologia por não possuírem embasamento na ciência.
Em contrapartida, o positivismo deixou alguns aspectos
negativos. Esta filosofia afirma que cada ser humano possui um papel social e é
necessário que esta ordem esteja em equilíbrio para o progresso econômico ser
alcançado. Por este motivo, é deixada de lado a capacidade de transformação que
os seres humanos devem ter de seu ambiente. Renunciar sua vontade e conformar
em cumprir o seu papel social para que a ordem permaneça é um caminho errôneo e
que pode levar em algumas circunstâncias até a tirania.
E ainda, percebe-se que há uma “romantização” da ciência pelo
positivismo. A imparcialidade da ciência e a crença de que todo conhecimento
cientifico é verdadeiro e não deve ser questionado é falsa. A total imparcialidade
é uma utopia já que em alguns experimentos há certa influência do cientista.
Além disso, é questionável se o caminho que a ciência tem levado a sociedade é
o único caminho correto já que esta tem contribuído para a desumanização do
homem e tem levado a sociedade a vê-lo como uma máquina do sistema.
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