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domingo, 9 de setembro de 2012

Uma sociedade bárbara

Os gorilas, quando em disputa territorial, batem no peito com as mãos em sinal de afronta. Utilizam da força bruta e chegam a jogar suas próprias fezes em seus combatentes como intimidação. Para os animais, tal ritual de luta é normal. É nesse ponto, entre outros, que nos diferenciamos deles: evoluímos intelectualmente a um ponto em que não se é mais necessário o uso de tais selvagerias para impor nossa vontade. Seria isso, no entanto, uma verdade?
O príncipe, em sua visita à Unesp, foi "atacado" por manifestantes da esquerda, que alegavam que ele era um "assassino", graças a sua posição política evidentemente conservadora. Os manifestantes invadiram a palestra e expulsaram Don Bertrand à força, chegando a ser testemunhado cusparadas no chão.
Enquanto que entre os manifestantes isso foi uma "vitória" do movimento estudantil, tudo o que vejo é a selvageria, a barbárie presente num ato primitivo. Esquecemos que somos humanos pensantes por um momento, e agimos como animais, lutando por um espaço.
É inadmissível que alunos intelectualmente capazes de conseguirem vaga numa universidade estadual de alto nível possam agir dessa maneira. Mesmo que eles estivessem certos em ideia, o uso da força desqualificou os manifestantes como capazes. Eles abdicaram de suas ideias em troca da força bruta. Eles jogaram fora a racionalidade para "arremessar suas fezes" contra aquele que possuía opiniões contrárias. Eles se tornaram animais.

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