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domingo, 9 de setembro de 2012

Cada um por si


As sociedades modernas estão unidas pelo simples motivo da individualidade. Cada cidadão tem sua determinada função e deve cumpri-la com excelência. Sendo assim feito, a sociedade se agrupa e convive harmoniosamente, pois cada indivíduo depende do outro para garantir sua própria sobrevivência. Pois bem, desenvolvem-se as sociedades, desenvolvem-se os indivíduos cada qual em sua especialidade.
Mas, eis que surge o empasse. Evoluem-se os indíviduos apenas na individualidade. A coletividade é martirizada em função do bem próprio. A normatividade não se aplica à consciência emocional do indíviduo, e para garantir a convivência social é necessária a norma, que define o lugar e a individualidade de cada um no espaço social.
E nesses momentos onde vemos a normatividade regendo a convivência social, excluindo o sentimentalismo e a consciência coletiva da prática social que acontecem as atitudes desmedidas que marcam a sociedade atual. O sentimento de respeito pelos direitos do próximo acaba sendo anulado pelo direito de expressar a própria vontade, e na elevação da individualidade é que se vê a expulsão daqueles de opinião diferente do espaço onde se deveria debater ideias.
A individualidade corrompe a boa convivência, mas promove a sociedade. E é nessa dança com lobos, confusa e prolixa que se desenvolve o novo milênio.

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