Após o
movimento iluminista, surgiram inovações sociais e culturais as quais foram
resguardadas e potencializadas pela burguesia. Essa classe criou e motivou o surgimento de uma
nova sociedade, que hoje se revela na sociedade moderna.
Esse processo
de inovação social, cultural e técnico tem espaço na atualidade dentro da
premissa do consumo constante e de que as classes e minorias devem lutar não
mais pela existência da propriedade privada, mas sim pela garantia de direitos
que as permitam a ocupação de um espaço
dentro da sociedade moderna. A “igualdade e a liberdade sociais” ou a ampliação
do cosumo e do mercado?
A concessão
de direitos não existia - dessa forma - nas formas anteriores de sociedade; é
uma inovação burguesa baseada na liberdade e na igualdade: todos são livres
para ser e pensar como queiram, para professar os ideais e as religiões que
desejarem... No entanto, tudo que envolve da sociedade moderna – ou pelo menos
quase tudo - é voltado para o lucro. Tudo é empreendimento, tudo passou a gerar
riqueza: as religiões, as artes, as guerras, as lutas sociais, as doenças, o
entreterimento... Tudo encontra lugar no mercado: as ideologias e as posturas também.
A partir
disso, pode-se pensar que os novos direitos (como os direitos da mulher, os
direitos homoafetivos, os direitos de liberdade de expressão e de pensamento...)
são concessão burguesa com fim no
apaziguamento de movimentos sociais e na geração de riqueza. Pode-se pensar que
a burguesia construiu uma “terra de gigantes” para a qual “qualquer coisa que
se mova é um alvo... e ninguém tá salvo” (Engenheiros do Hawaii).
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