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terça-feira, 17 de maio de 2011

Dividindo e integrando.




O autor Émile Durkheim, em sua obra "A divisão do trabalho social", publicada em 1893, faz um estudo em que aborda a interação social entre os individuos que integram uma coletividade maior, que é a sociedade. Havia na época uma anomia social, que motivou o autor a discorrer sobre o assunto. Ele também acreditava que para assegurar a existência de uma sociedade deveria haver um consenso entre os individuos que nela pertencem, e esse consenso seria a solidariedade social. Comte, autor positivista, também acreditava que a solidariedade ligava os individuos, que por mais diferenciados que fossem, poderiam estar coesos.



Para Durkheim, a divisão social do trabalho é fundamental para a manutenção de uma sociedade solidária. É ela que mantem os individuos vinculados, que une as peças da sociedade e as faz funcionar em equilibrio. Não possui apenas interesse econômico, mas também um interesse social ao assegurar uma unidade, um corpo social. O autor faz uma analogia com o corpo humano, ao comparar a especialização de tarefas de um individuo na sociedade com um orgão essencial para o bom funcionamento do ser. A especialização traz também o sentimento de união de tarefas, que se complementam e fazem o todo funcionar.



Os dois tipos de solidariedade que o autor explica haver (a mecânica e a organica) demonstram e relacionam os agrupamentos humanos à forma de se viver em sociedade. Na dita solidariedade mecânica, que se faz presente em sociedades mais primitivas, a moral e os valores sociais sao compartilhados, assegurando assim uma coesão social. A solidariedade orgânica é aquela em sociedade mais modernas e complexas. Nela há maior diferenciação social e a consciência individual é mais elevada, dessa forma a sociedade se mantém através de códigos e regras de conduta. Assim as normas juridicas são necessárias para se estabelecer deveres e direitos dos cidadãos dessas sociedades.


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