Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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sexta-feira, 8 de abril de 2011
Parte de um todo.
Desde muito pequenos, somos educados para sermos os melhores: o mais inteligente da classe , o mais bonito, o mais competente, o mais simpático, o mais popular. Nosso olhar é sutilmente distorcido e, assim, vemos todos aqueles que nos cercam como adversários, obstáculos que devem ser superados na incansável busca pelo sucesso, reconhecimento. Generosidade, solidariedade, prestação de favores receram ordem de despejo de nossa rotina frenética, passando a habitar o reino da utopia. tornamo-nos insensíveis às angústias alheias, somos incapazes de perceber as necessidades do outro, já que estamos trancafiados em nosso próprio mundo. Figura-se como impossível conquistar notoriedade e ao mesmo tempo atender os clamores de quem está ao nosso lado. Arquipélagos estão praticamente extintos, somos inúmeras ilhas isoladas pelos abismos do individualismo." Tudo podemos, tudo conseguimos, sem precisar de ninguém", este é o alicerce de nossa mentalidade. O imediatismo, tão parte de nós, nos faz dar pequenos passos. Queremos colher prontamente os frutos de nossa ações e também lutamos apenas em prol do bem pessoal. "Para que poupar água e energia elétrica? Para que reciclar o lixo produzido? naõ estaremos mais aqui para ver o planeta agonizar". Estas são as sementes que já germinam em muitos de nós. Porém, se desta forma fosse,as grandes descobertas não existiria,os raios da democracia não se deixariam , a igualdade racial e sexual ( mesmo não plenas) ainda seriam um sonho se seus ideralizadores pensassem em si mesmos.Então quem seria Mandela? E Newton? Os jovens brasileiros de 1922 seriam apenas jovens rebeldes. É preciso entender que somos parte de um todo e que nos completamos nas diferenças presentes no outro.Não somos simples máquinas, acabadas e estagnadas; crescemos, aprendemos e a partir de nossa relações de interdependência alcançamos o caminho rumo à plenitude .
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