Luiz Inácio Lula da Silva, metalúrgico,
pertencente ao Partido dos Trabalhadores e representante das classes sociais
mais baixas com as suas ideias de assistencialismo social. Jair Messias
Bolsonaro, ex- militar, filiado à Aliança pelo Brasil e ligado a discursos elitistas
relacionados à procura de valores elevados para um país degradado pela
corrupção. Mesmo com essas distinções entre suas ideologias e seus públicos
esses dois presidentes se assemelham em algo. Seu carisma e a grande admiração
que detêm entre seus apoiadores.
A relação entre poder,
dominação e o carisma na esfera política foi amplamente estudada pelo sociólogo
alemão Max Webber, que na virada do século XIX para o século XX abordou
diversos temas, mas principalmente a questão de poder. De acordo com o
sociólogo existem três tipos de dominação, uma delas é a dominação carismática.
Nela a autoridade é suportada, graças a uma devoção afetiva. Essa tal
afetividade é dada ao dominador devido a qualidades consideradas
extraordinárias por parte do dominado. Dessa forma, por ser de ordenação subjetiva,
esse poder pode ser encaminhado a diferentes personalidades.
Porém quando essa dominação é
levada a um nível exacerbado ela pode tender a um governo autoritário. Pois
quando esse poder se baseia em algo afetivo e não racional o poder e os atos que advém
dele não são questionados. Esse cenário é muito perigoso em uma dominação legal,
dominação dada aos presidentes, onde há a legitimação da dominação pela via
legal.
Dessa forma devemos nos
precaver prestando a devida atenção para separar devidamente os nossos
sentimentos e admirações relacionados a pessoas em posição de poder da
racionalidade. Para dessa forma não enganarmos nossa razão com emoção.
Paola Santos de Lima
Direito - Noturno
1°Período - UNESP
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