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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Cego de afeição

Luiz Inácio Lula da Silva, metalúrgico, pertencente ao Partido dos Trabalhadores e representante das classes sociais mais baixas com as suas ideias de assistencialismo social. Jair Messias Bolsonaro, ex- militar, filiado à Aliança pelo Brasil e ligado a discursos elitistas relacionados à procura de valores elevados para um país degradado pela corrupção. Mesmo com essas distinções entre suas ideologias e seus públicos esses dois presidentes se assemelham em algo. Seu carisma e a grande admiração que detêm entre seus apoiadores.

A relação entre poder, dominação e o carisma na esfera política foi amplamente estudada pelo sociólogo alemão Max Webber, que na virada do século XIX para o século XX abordou diversos temas, mas principalmente a questão de poder. De acordo com o sociólogo existem três tipos de dominação, uma delas é a dominação carismática. Nela a autoridade é suportada, graças a uma devoção afetiva. Essa tal afetividade é dada ao dominador devido a qualidades consideradas extraordinárias por parte do dominado. Dessa forma, por ser de ordenação subjetiva, esse poder pode ser encaminhado a diferentes personalidades.

Porém quando essa dominação é levada a um nível exacerbado ela pode tender a um governo autoritário. Pois quando esse poder se baseia em algo afetivo e não racional o poder e os atos que advém dele não são questionados. Esse cenário é muito perigoso em uma dominação legal, dominação dada aos presidentes, onde há a legitimação da dominação pela via legal.

Dessa forma devemos nos precaver prestando a devida atenção para separar devidamente os nossos sentimentos e admirações relacionados a pessoas em posição de poder da racionalidade. Para dessa forma não enganarmos nossa razão com emoção.

Paola Santos de Lima

Direito - Noturno

1°Período - UNESP

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