A influência da teoria positivista pode ser facilmente
observada em diversos momentos da história política do país, como por exemplo a
escolha do lema da bandeira: ordem e progresso e no Estado da ditadura militar.
Nestes vinte e um anos de ditadura, o Estado manteve esforços em
combater quaisquer atos que ele e parte da população conservadora consideravam
“anormais”, “más condutas”. Tais condutas eram rotuladas de maneira maniqueísta
a partir de ideais passados de gerações para gerações através da família,
ideais que definiam determinada moral a se seguir, determinada hierarquia para
se obedecer, determinada religião a se praticar, determinadas condutas a se tomar.
Tudo isto em prol da manutenção da ordem social, para a manutenção da “moral e
dos bons costumes”. Com esta desculpa, várias atrocidades foram cometidas, como
a prisão de pessoas homossexuais e transexuais, que segundo a opinião das
pessoas conservadoras (que se auto intitulavam “pessoas de bem”) iam contra os
ideais de família; censuras aos canais de informação e produção cultural que
apresentassem ideias contrárias as que regiam o regime.
O Estado tentando a qualquer preço manter a ordem interna não
se importou de desrespeitar os direitos humanos da população, assim permitiu
que os militares torturassem e matassem pessoas contrarias ao regime,
consideradas “subversivas”, pessoas cujo “crime” que cometeram foi o de não
abrir mão de suas individualidades em detrimento de um governo abusivo que
aniquilava tudo que não fosse coerente a sua ideia de “progresso”.
Infelizmente as ideias de Comte, ainda se fazem altamente
presentes da sociedade atual, pessoas valorizam o que consideram a ordem para a
manutenção de um suposto progresso. Um progresso que é contrário a quaisquer
condutas consideradas “anormais”, um progresso que não tem lugar para
individualidades.
Brenda S Guimaro - 1° ano de Direito Diurno
Brenda S Guimaro - 1° ano de Direito Diurno
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