A sociedade atual transita entre o cartesianismo e a religiosidade, pois nela estão presentes pessoas que aceitam apenas o que é certo e irrefutável, eliminando todo o tipo de conhecimento inseguro, como o proveniente de crenças e religião. Entretanto, nela também estão presentes pessoas cuja religiosidade é a força que move seus pensamentos e ações, refutando qualquer tipo de conhecimento cientifíco, produzido pelo homem.
A rivalidade entre Igreja e Ciência, em busca da produção de conhecimento, sempre esteve presente desde os primórdios da civilização humana. René Descartes, filósofo francês nascido no século 15, período em que a produção de conhecimento provinha de entidades distantes do alcance do ser humano, como a Igreja Católica, a Alquimia e a Astrologia, enfrentou a ordem até então vigente, ao ser responsável pelo racionalismo ocidental e pelo método cartesiano, se tornando um dos precursores da rivalidade entre ciência e religião, embora jamais rompesse com a Igreja ou negasse a existência de Deus.
Essa rivalidade continua presente na sociedade atual, que, embora seja baseada no conhecimento produzido pelo ser humano, na razão e no cientificismo, ainda enfrenta certas controvérsias com a religião, como é o caso da polêmica existente sobre o aborto, sobre o uso de anticoncepcionais, sobre a utilização de células tronco e clonagem, entre outras várias polêmicas existentes.
O ser humano é um animal cuja razão é sua principal característica e por isso se encontra constantemente em conflito interior, pois ao mesmo tempo em que busca o conhecimento humano, baseado no cientificismo, não ignora a religião, que move suas crenças, ética e moral.
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