O anseio por mudanças e revoluções se dá em cada um de nós,
mas com o tempo, começamos a perceber que a ingenuidade supera nossos desejos.
Sinto-me ingênua ao conversar com o prefeito e questiona-lo :” Por que tão
abusivo o preço da passagem de ônibus?” e obter como resposta frases longas,
sem sentido e sem nexo, não compreendo porque as coisas tem que ser do jeito
que estão. Por que não consigo realmente e de forma efetiva “mudar o mundo”?
Bem, ao ler “O discurso do método” de René Descartes, descobri que segundo o
método dele para obter uma verdade absoluta, se encontrar como pessoa, e
interpretar o mundo, deve-se modificar os próprios desejos do que a ordem do
mundo, ou seja, não há maneira de se mudar a ordem do mundo, ele não está sob
nosso poderio, a única coisa que somos realmente donos, são nossos pensamentos.
Pois bem, sempre quis adquirir sabedoria, estudar, ler, para me tornar uma
pessoa critica e assim transformar meus pensamentos em extraordinários, ter
ideias novas, realmente deixar o senso comum de lado e crescer como pessoa,
sempre querendo ser uma pessoa erudita e culta, mas então no livro me deparei
com a questão: o que estarei mudando, ao guardar esse conhecimento todo em
minha mente e não me envolver com a sociedade, com as pessoas. Novamente em seu
livro, Descartes deixa claro quais foram os métodos seguidos para que possamos
realmente encontrar a nossa razão, deve-se deixar os preceitos para trás e se desfazer de suas opiniões já formadas e
esse método ficou intrínseco em minha cabeça, nunca me imaginei desgarrada de
minhas paixões, minhas crenças, e por esse motivo, admiro muito a garra e a
coragem de Descartes, um cidadão, que revolucionou a ideia de visão de mundo,
agora levando-se em conta a razão e que para isso seguiu um método no qual
renunciou muito de sua vida, de seus valores, em busca de compreensões do
mundo.
Júlia Godoi Rodrigues - 1° ano Direito Noturno.
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