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A luta por direitos naturais muito mais ligados a um sentimento de justiça do que à racionalização, é característica das grandes revoluções. Direitos à liberdade, à vida, à propriedade estão no cerne de quase todas as culturas, e assim, são cada vez mais incorporados ao direito instituído (tem-se como claro exemplo, a revolução francesa).
Essa passagem do direito natural para o formal acaba, quase sempre, esvaziando o sentido dessas revoluções. Perde-se a ideia de luta para as classes mais necessitadas, a fim de se lutar sempre por “todos os seres humanos”. É a universalização.
Entretanto, é uma universalização que tem como barreira a razão burguesa. Essa racionalização do direito é simplesmente o abandono das liberdades amplas, para transformá-las em liberdades contratuais, que visem sempre os direitos da burguesia.
Essas revoluções, assim, perdem totalmente seu caráter, deixando de representar a população que por ela luta.
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