Descartes, em sua obra "Discurso do Método", busca métodos para se atingir a verdade e o conhecimento. Esse objetivo, para o autor, será alcançado com o uso da razão, do raciocínio e da experiência, sendo a dúvida o Princípio Fundamental do Novo Método Científico: Descartes rejeitava tudo, na sua pesquisa pela verdade, que pudesse supor a menor dúvida.
Superstição, magia, alquimia, dogmas religiosos, senso comum não provado, os sentidos, pré-noções, não seriam maneiras seguras na construção do conhecimento. Havia a crítica ao conhecimento sobrenatural e a desconfiança em relação ao conhecimento transmitido pelo hábito ("enganos que ofuscam a nossa razão").
Descartes defendia a fragmentação do conteúdo para melhor analisar e solucionar suas dúvidas, o início por pensamentos mais fáceis à evolução para os mais complexos, e a "ideia de ciência como elemento voltado para o bem do homem".
Uma de suas conclusões foi a de que o conhecer é perfeição maior do que o duvidar, e de que a inteligência intelectual, o pensar, são tão importantes e magníficos que só poderiam vir de uma natureza perfeita, ou seja, Deus.
A metodologia cartesiana está presente na atualidade, pois a razão e o conhecimento são valorizados, essenciais no desenvolvimento de tecnologias e procurados na carreira profissional, como exemplos. Apesar disso, como em sua época de vida, ainda existem os dogmas, as superstições, o sobrenatural, os preconceitos, as pré-noções, os ditados populares, caminhos muito usados pelas pessoas a fim de obterem conforto, diversão, conhecimento e segurança, caminhos estes criticados por Descartes em sua obra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário