Karl Marx e Friedrich Engels analisam em seu texto “O Manifesto Comunista” um fato presente em inúmeros momentos da história: a luta de classes. Nesta é possível compreender as relações entre oprimido e opressor que se dão de maneira antagônica. As contradições geralmente decorrem da superexploração de uma das classes, que se encontra marginalizada, pela outra que a submete a favor de seus interesses. A luta tem muitas vezes como consequência, transformações revolucionárias, ou com a ruína destas classes opostas.
No capitalismo a ascensão da classe burguesa acentuou a luta entre esta e o proletariado, classe marginalizada, que em decorrência da grande concorrência no mercado a partir do novo modo de produção vigente, submeteu-se a exploração fabril. Os operários reivindicavam melhores condições de trabalho e um meio de se engajar de modo consistente ao sistema capitalista e não sua total destruição. A esse sistema é possível atribuir a característica que leva seu total controle pela força econômica.
O sistema feudal não era mais capaz de suprir as demandas da economia. A manufatura foi consumida pela indústria moderna, as máquinas revolucionaram a produção industrial, os métodos convencionais foram substituídos. O céu era o limite, mas agora o mercado o é. A burguesia para alcançar esse limite, utilizava da ciência para aperfeiçoar seus empreendimentos a fim de expandir seus mercados, ultrapassando fronteiras. A cada dia surgiam inovações logo superadas pelo mercado, o processo civilizatório passou a sofrer transformações permanentes.
A necessidade de interligar mercado gera uma instabilidade. Um abalo em qualquer parte do sistema promove um receio nas relações comerciais. Essa análise é claramente percebida quando observamos a situação da crise na Grécia, que gerou repercussões em todo o globo, principalmente na economia dos países da União Européia. O capitalismo necessita do rompimento das fronteiras e é isso que levou a interdependência universal observada. Suas tecnologias têm como finalidade tornar o mundo cada vez mais comprimido, do ponto de vista do tempo e do espaço.
O controle da burguesia de transformar o mundo vem se perdendo, a partir do fato da animalização do homem e sua superexploração. Este se torna apenas uma peça do sistema, movido pelos interesses econômicos, submetido a condições desumanas de vida. A força capitalista nos arrasta pelo mercado, nos faz consumir demasiadamente. E a necessidade de superação que advém de dentro do homem nos faz procurar e alcançar diversas inovações.
Com o objetivo de acabar com essas divergências tão acentuadas entre as classes, Marx e Engels propõe a abolição da propriedade privada, junto aos privilégios burgueses a partir de uma Revolução comunista. Através do famoso grito de protesto do socialismo: "Trabalhadores do mundo, uni-vos!" convidam a revolução a fim de trazer mudanças em beneficio de toda a sociedade.
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