“A história de todas as sociedades que já existiriam é a história de luta de classes, opressor e oprimido sempre estiveram em constante oposição um ao outro.”
No momento, se posiciona como opressor a sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal e não aboliu os antagonismos das classes. Ela estabeleceu novas classes, novas condições de opressão, novas formas de luta no lugar das antigas. E como oprimidos, os proletariados, pois não são os donos dos meios de produção e precisam vender as suas forças de trabalho para ganharem seus salários e sobreviverem.
Com o desenvolvimento da indústria moderna que estabeleceu um mercado mundial, desenvolveu-se marcantemente o comércio, a navegação, a comunicação, as estradas de ferro que se entendiam, e assim a burguesia se desenvolvia e aumentava seu capital, deixando para trás as outras classes. Essa burguesia é resultado de uma série de revoluções nos modos de produção e de troca.
Há a constante necessidade de um mercado em expansão para a inovação dos meios de produção, o que gerou a destruição das antigas indústrias nacionais e a substituição destas por novas indústrias que trabalham com matéria-prima extraída de zonas anteriormente inexploradas, e os produtos resultantes são consumidos em todos os cantos do globo. Tudo isso gera novas necessidades, o que exige a constante inovação.
Com todas essas inovações e desenvolvimentos ocorridos, a grande crítica é feita sobre a grande desigualdade existente, pois tudo isso foi criado para servir ao homem, e são poucos os que podem desfrutar de todo esse avanço. Como é possível, em meio a toda essa riqueza, haver tanta pobreza?
Karl Marx e Friedrich Engels propuseram uma solução para acabar com essa desigualdade: a Revolução Comunista, que sugere abolir a propriedade privada, pois na sua forma atual é baseada no antagonismo de capital e trabalho assalariado, e o trabalho assalariado somente é explorado pelo capital e não gera propriedade para o trabalhador.
O Manifesto Comunista, então, é um convite para todos os trabalhadores se unirem e revolucionarem os atuais meios de produção, visto assim, pelos comunistas, como a solução para pôr fim às desigualdades que permeiam a vida humana.
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