Ao discutir o conteúdo do manifesto do partido comunista, será impossivel não tocar em vários pontos ja debatidos anteriormente nos textos sobre o socialismo utópico e científico segundo Friedrich Egels.
Portanto me estenderei menos falando sobre esses tópicos nessa postagem.
Como ja sabemos, a história segundo a visão de Marx e Engels, é marcada pela luta de classes, de dominantes e dominados, opressores e oprimidos. O sistema feudal corporativo veio a ser substituido pelo método de produção manufatureiro burguês. Tal fato veio a opor duas classes extremas: burgueses e proletários.
A crescente demanda de produtos trouxe a necessidade de produção cada vez mais eficiente e rápida, assim as máquinas vieram a revolucionar os meios e produção. A burguesia era autora das inovações e revoluções permanentes, fazendo com que todas as novas opiniões se tornassem antiquadas antes mesmo de se solidificarem no seio da sociedade.
Esse constante aperfeiçoamento dos métodos de produção fazem do poder da burguesia uma força capaz de arrastar todos à civilização, às inovações permanentes. Ela transforma e molda a sociedade de uma forma que se torna impossível viver independentemente das inovações, fica impossível viver de outra forma que não seja à imagem da forma burguesa.
As interrelações entre os mercados de vários continentes, os meios de comunicação cada vez mais extraordinários fez com que as indústrias nacionais se tornassem mundiais, ampliando seu dominio até as extensões mais remotas.
É tal o poder dessa classe que ela fez do estado um mero representante dos seus interesses, um gerenciador dos negócios burgueses.
Entretanto, parece que nem a sociedade foi capaz de acompanhar a velocidade das inovações burguesas. A produção ficou cada vez mais rápida, e o mercado seguia praticamente o mesmo. O resultado foi a desgraça da superprodução: a burguesia criou a arma que poderia significar seu próprio fim. Além disso, com toda opressão, brotou do seio da organização burguesa a classe que empunharia essa arma.
A cada vez maior polarização da sociedade só fez crescer a massa trabalhadora, que cada dia mais organizada, devido aos meios de comunicação que a própria burguesia criou, seria a protagonista da revolução salvadora, que eliminaria as classes sociais.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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