Sobre o estudo, Weber diz que a ciência social deve compreender o sentido das ações, sendo que estas foram movidas por valores e determinadas por sentidos. A ideia determinista de ciência, na qual o empirismo gera receitas prontas para toda situação, deve ser repudiada pelo sociólogo, também critica o materialismo histórico de Marx e Engels por julga-lo dogmático demais, ou seja, por tomar as questões econômicas como denominador comum para a explicação de todos os fenômenos históricos, desfigurando-as para que forçosamente se apliquem a realidade como um todo e sendo dogmas impraticáveis na sociologia, o materialismo histórico dogmático deve ser repudiado pelo cientista.
Já em se tratando das ações, Weber explica que a decisão de uma ação tem como ponto de partida o juízo de valor próprio, a consciência e a cosmovisão pessoal. Além disto, classifica as ações em quatro tipo: racional com relação a um objetivo, na qual o ator concebe a ação para atingir um objetivo; racional com relação a um valor, o ator realiza a ação para defender um valor específico; afetiva, que é estimulada pelas paixões do individuo; e a tradicional, estimulada pelo hábito ou costume.
Através destas elucidações, Weber demonstrando ponderação e atenção a realidade sócio-econômica, ao passo que orienta como deve ser a revista de ciências sociais, orienta o próprio cientista social, guiando-o de forma sabia pelo caminho complexo da metodologia científica até a maior proporção possível da verdade.
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