Quando um indivíduo não
se sente confortável no corpo o qual nasceu, não se identifica psicologicamente
com o seu sexo de origem, tem-se um quadro psicológico bastante conturbado,
onde a pessoa a qual não possui identificação com suas características deseja
realizar alterações físicas, como a mudança de sexo, e alterações sociais, como
a mudança de nome, para que assim, se sinta parte de um grupo, e se sinta um
ser humano digno, em concordância com seu próprio corpo. Trata-se de uma
questão psicológica de não aceitação, de não estado de bem estar, que é
agravada pela não aceitação social dessa minoria, pois as diferenças exógenas
do corpo desses indivíduos com o entendimento de gênero que eles tem sobre si
próprios gera preconceito, e exclusão social. Portanto o auxílio ao Estado, é
solicitado, uma vez que é obrigação deste, garantir o bem estar físico e social
dos indivíduos.
No entanto o
transexualismo tem sido visto como patologia, de natureza hormonal, ou seja,
desiquilíbrios hormonais que causam diferenças entre o gênero e o sexo do indivíduo.
Ou seja, para que um indivíduo que deseja realizar a cirurgia de mudança de
sexo, seja atendido e amparado pelo Poder Público, é necessário que ele admita
ser doente, o que só aumenta a problemática acerca do assunto, pois a
transexualidade não é doença, mas sim um caso psicológico que degraga a
integridade de um indivíduo que não se sente bem com a sua forma de origem.
Podemos adequar e
enxergar claramente noções weberianas no diálogo supracitado, pois é um conceito
do entendimento de Weber, que o poder e a dominação – no caso acima, ambos de detenção
estatal – são capazes de controlar e ter ação privativa sobre o indivíduo. O
poder, a medida em que a vontade do Estado – da resistência para o auxilio e
amparo – se sobrepõe ao indivíduo que busca por um direito que lhe é
devidamente garantido por lei, impondo sobre ele barreiras que dificultam a
realização de suas solicitações. O que ambos na concepção weberiana não
atribuem sentido negativo, mas não é o que vemos, pois tais atitudes vindas do
Estado são agravantes na vida dos transexuais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário