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domingo, 25 de setembro de 2011

Comodidade x Conscientização


O mundo mudou muito nos últimos dois séculos, os modos de produção mudaram, a situação do trabalhador mudou, e, como não poderia ser diferente, o aproveitamento de recursos naturais sofreu uma revolução enorme.
No século XVIII começou a adaptação a esse novo modelo de produção e consumo industrial, é partir deste momento que se intensifica a destruição do meio ambiente. Esse novo modo de se fazer as coisas envolve uma série de outros fatores, a economia é financeirizada, com um lucro além do mercantil e a presença da especulação; as matérias-primas passam a ser extraídas, processadas e comercializadas a um nível diferente, os órgãos de comunicação estimulam um consumo desenfreado e a moda, usando da maquiagem nos produtos, faz com que compremos produtos com aparência diferente e recursos parecidíssimos.
O homem se acostumou com a comodidade e o luxo oferecidos por este novo sistema, mas essa superexploração da natureza acabou acarretando um agravamento dos fenômenos naturais ao mesmo tempo que vemos uma escassez de alguns recursos naturais não-renováveis e até mesmo dos renováveis, que muitas vezes não tinham mais as condições ambientais necessárias para seu desenvolvimento. A conscientização começou a partir do momento que os impactos começaram a atingir o homem. Foi quando o direito precisou intervir mais intensamente na prática das atividades de exploração ambiental.
O papel do direito é muito importante neste sentido, já que estamos lidando com as condições de nossa própria vida no futuro se seguirmos com esse modelo de produção e consumo industrial. O homem, direta ou indiretamente, depende da natureza, e se a destruição continuar, desenfreadamente, chegará uma época em que o planeta se tornará inabitável senão para nós, para nossos filhos e netos.
O problema do direito hoje, é sua fragilidade na forma de se aplicar a lei ambiental (“para os amigos tudo, para os inimigos a lei”), que muitas vezes é vítima de favoritismo, subornos, entre outras coisas. Por isso, até que este ramo do direito seja realmente respeitado e levado a sério, até que a conscientização do quanto ele é indispensável chegue aos grandes industriais, o mínimo a se fazer é conscientizar-nos dentro de nosso meio, ou seja, em casa, nas ruas, no trabalho. Exemplos não nos faltam de que o problema se agrava cada vez mais.

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